7Perguntas: Conheça mais de Ramon Martire, o Mamão, do Coritiba Crocodiles
- Leonardo Oberherr
- 27 de jan. de 2021
- 4 min de leitura
Publicado em 19 de abril de 2019.

Hoje começamos uma nova série de matérias aqui no Portal Obertime: o 7Perguntas. As matérias trarão entrevistas com os grandes nomes do futebol americano nacional. O primeiro convidado é quarterback e tem passagem pelo Botafogo, Flamengo, Seleção Brasileira e é co-fundador do Rio Football Academy (RFA): Ramon Martire, o Mamão.
O intuito do 7Perguntas é aproximar o leitor dos grandes jogadores do futebol americano do país. As entrevistas devem ser postadas nas sextas-feiras aqui no Portal Obertime. Nelas, traremos sete perguntas, como o nome sugere. O diferencial está em quem fará essas perguntas. Cinco delas serão feitas por Leonardo Oberherr, do Portal Obertime, e outras duas serão feitas por jornalistas convidados que cobrem o esporte ou atletas de futebol americano.
Para esta primeira semana, os jornalistas convidados são Tiago Munden, do Touchdown Mineiro, e Lakita Sodré. Vamos ao 7Perguntas!
Personagem de hoje:

Nome: Ramon Martire "Mamão" Idade: 30 anos Altura/Peso: 187cm / 96kg Experiência: 12 anos de experiência Posição: Quarterback Histórico:
2009 a 2012 Imperadores 2012 a 2014 Flamenfo FA 2015 a 2018 Botafogo Reptiles Seleção Brasileira de 2010 a 2018 Co-fundador da Rio Football Academy
1 - Leonardo Oberherr: - Ramon, como foi o processo para ser selecionado para os onças e jogar a Copa do Mundo?
Ramon Martire "Mamão" - Eu já fazia parte da Seleção Brasileira desde 2010. Fui chamado para o I Camp Nacional que aconteceu em São Paulo no ano de 2010 e desde então atuei como titular em todos os jogos seguintes até 2018. Ter sido convocado para o Mundial foi sem dúvida o momento mais alto da minha carreira, poder defender o Brasil em algo nunca feito antes foi uma das minhas maiores conquistas da minha vida!
2 - Leonardo Oberherr: - Hoje tu participa da RFA, e ensina os novos jogadores da equipe. Quais as principais dicas que tu podes dar para um jovem Quarterback?

Ramon Martire "Mamão" - Como eu sempre falo para os meninos em todas as posições: não existe formula mágica. Se você quer algo tem que treinar e se dedicar muito para conseguir, ainda mais no Futebol Americano, que é um esporte novo para o brasileiro. Em especial para os QBs eu sempre digo para ter muita paciência. É sem dúvida a posição mais difícil de se atuar, possivelmente em todos os esportes. Exige muita técnica, tranquilidade e tomadas rápidas de decisão. Por isso gosto de focar muito a parte técnica básica nos treinos para que no jogo o corpo consiga acompanhar o raciocínio e não erre por falta de memória muscular. E lógico um pouquinho de talento não faz mal a ninguém...
3 - Leonardo Oberherr: - Existe algum sonho que tu ainda não conseguiu realizar no Futebol Americano?
Ramon Martire "Mamão" - Sempre vai ter, senão eu já teria parado. Quando você ja faz algo a muito tempo tem que buscar sempre se motivar e se manter competitivo. Eu acho que ainda tenho muita lenha pra queimar, quero ser campeão brasileiro mais uma vez, quero voltar a seleção, poder ajudar e inspirar jovens no esporte, ser campeão como técnico também um dia... a lista é grande (risos). Acho que sempre vai ter algo a mais, uma barreira a ser quebrada e é isso que nos mantém focados e dedicados por tantos anos.

4 - Leonardo Oberherr: - Qual o melhor treinador com quem tu já trabalhou?
Ramon Martire "Mamão" - Já tive ótimos treinadores. O Otávio Hoichman foi um cara que me ajudou muito no começo e tem um conhecimento enorme do esporte. Brian Gusman na Seleção Brasileira me mostrou que organização e estudo fazem toda a diferença na preparação para o jogo. Biel, também da seleção, sempre busca um jeito de manter seus atletas motivados e focados para uma partida. David Lotufo, no Reptiles, mostrando o valor de jogar com amor pelo time e pelos companheiros, e que isso te leva a dar 110% dentro de campo. Acho que tive várias referências ao longo dos anos, e tentei sempre extrair o melhor de cada uma delas.
5 - Leonardo Oberherr: - Quais os principais drills para qualificar a mecânica de um Quarterback?
- Ramon Martire "Mamão" - Como falei antes, no meu ponto de vista, todos os que são focados na mecânica básica são os melhores. Como o Quarterback lida sempre com muita pressão, e tomadas rápidas de decisão, qualquer falha na mecânica pode tornar um passe fácil em uma interceptação. E quando digo mecânica, me refiro ao corpo todo, da ponta do pé da frente apontando para o recebedor, até o dedo indicador sendo o último a sair da bola. O treino de FA é algo muito repetitivo e detalhado, com a nossa posição não poderia ser diferente. Acho que a atenção aos detalhes fazem toda a diferença na hora do jogo.
Perguntas Bônus:
6 - Tiago Munden (Touchdown Mineiro): - O mundo já está preparado e o mundo precisa saber, pelas barbas do Gordo Taylor, revele-nos sobre "NENO":

Ramon Martire "Mamão" - NENO é um grupo de irmãos que se formou no falecido Cruzeiro Imperadores. Passávamos 24 horas por dia, sete dias da semana juntos, e criamos uma afinidade de outro mundo em um curto período de tempo. Fizemos algumas besteiras juntos, mas também evoluímos demais como pessoas e como atletas. Mas eu ainda não posso revelar o significado da sigla, só sendo NENO para saber.
7 - Lakita Sodré (NFL de Bolsa): - Como você se sente aumentando a RFA para São Paulo e o que vocês esperam agregar no FABR?
Ramon Martire "Mamão" - Felicidade define! Acho que a RFA SP é um projeto inovador, assim como surgiu a do Rio, que veio da cabeça de dois caras que amam demais o que fazem, e queriam passar isso para outras pessoas. Eu e Patrick Dutton não tínhamos ideia, no começo, que a RFA ia tomar essa proporção, mas agora com as oportunidades que foram aparecendo vamos aproveitar todas. A ideia de levar a RFA a outros estados e justamente aumentar o número de jovens aprendendo com um método de ensino eficaz, e com pessoas qualificadas, fazendo a base do esporte no Brasil evoluir. Sem falar na oportunidade de enviar essa molecada lá para o exterior, onde vão aprender e jogar em alto nível.
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