Maior projeto da história do futebol americano no Brasil via LIE é aprovado para o Cuiabá Arsenal
- Leonardo Oberherr
- 16 de mar. de 2021
- 3 min de leitura

O Cuiabá Arsenal obteve aprovação do maior projeto via Lei de Incentivo ao Esporte (LIE) do futebol americano brasileiro, em 22 de dezembro de 2020. Intitulado “Bola Oval Mudando Vidas”, o valor autorizado para captação é de R$1.329.633,19, superior ao valor autorizado à Federação Mineira de Futebol Americano (FEMFA), que é de R$1.192.449,75.
O projeto social busca proporcionar atividades interdisciplinares às crianças moradoras de comunidades carentes de Cuiabá e Várzea Grande. Além de atividades esportivas, as crianças receberão apoio de outros profissionais, como psicólogos, pedagogos e nutricionistas. O período de captação dos recursos por parte do time cuiabano é até 07/10/2023. Neste momento, o clube passa então a apresentar o projeto para empresas com interesse em potencial de participar do projeto.
De acordo com o texto do Ministério da Cidadania, a LIE permite que recursos provenientes de renúncia fiscal sejam aplicados em projetos das diversas manifestações desportivas e paradesportivas distribuídos por todo o território nacional.
“Ainda não captamos nenhum recurso, nosso projeto foi publicado e liberado para captação em 22 de dezembro de 2020, e desde que já havia sido aprovado a alguns meses atrás já elaboramos nosso plano comercial, iniciamos o envio dos projetos em janeiro e estamos em negociação com algumas companhias, porém ainda não conseguimos fechar nenhum patrocínio incentivado, porém conseguimos fechar patrocínio direto. Enquanto trabalhamos para planejar o retorno às atividades, estou fazendo um levantamento de mais empresas da região e outras nacionais com forte atuação na região para apresentação do projeto. Quando se fala que é melhor destinar valor de imposto para o esporte ao invés de mandar para o governo parece fácil, mais não é, há um sem fim de benefícios fiscais não cumulativos também que as empresas já utilizam que dificultam o patrocínio, no sentido de que já estão com recursos comprometidos em suas deduções. Temos companhias por exemplo que com 1% do imposto de renda dela de um único mês no ano já pagaria nosso projeto todo, porém possui um benefício fiscal que já utiliza e não pensa em mudar, mesmo ganhando com o marketing esportivo, então é uma tarefa bem árdua e requer muita persistência” - aponta o Presidente Denevaldo Júnior, mais conhecido como Deneva.
Contextualizando o projeto:
Conversando com o presidente do Cuiabá Arsenal, “Deneva” revelou que inicialmente o projeto fora desenvolvido no ano de 2019: “foi inicialmente desenvolvido em 2019, foi submetido ao ministério, porém estavam sob reestruturação e demorou muito para ser analisado, na virada do ano fizemos a declaração de imposto de renda porém não observamos uma pendência que ficou e o projeto foi reprovado, quando abriu novamente as inscrições para envio de projetos reenviamos o projeto, porém fizemos uma reformulação voltada para o que acreditamos que vai nos dar um resultado mais duradouro, naquela ocasião o projeto era muito amplo envolvendo a formação e a participação no campeonato, agora nosso projeto está todo direcionado para a formação, com grande parte do orçamento pretendemos estruturar a equipe com profissionais que poderão desenvolver nossos talentos, da base até o time principal. Além é claro da previsão de aquisição de materiais e equipamentos de treino para utilização pelos profissionais e pelos atletas. Um fator importante a ser observado é que nós já fazemos esse trabalho, porém da forma possível, com pouca estrutura, com os próprios atletas custeando as coisas e com alguns patrocínios diretos que recebemos, com este projeto da lei de incentivo pretendemos melhorar, deixar os recursos do patrocínio direto para a equipe de competição, que são projetos distintos, até que tenhamos um projeto específico para este setor também”.
Arrecadação durante a pandemia:
“Sobre a dificuldade por conta do período, começo falando que nosso projeto ficou caro, temos consciência disso, porém ficou completo, pretendemos fazer a melhor aplicação do recurso e acompanhar os resultados para desenvolver os talentos como já disse. Sabemos que para iniciar a execução do projeto precisamos ter captados 20% no mínimo para ainda assim realizar alguns ajustes no projeto para iniciar a execução. Não é tarefa fácil captar recursos, mesmo pela lei de incentivo, em tempos de pandemia a dificuldade ficou ainda maior. Aqui em Mato Grosso ainda temos a barreira cultural, as empresas do estado, ressalvados raros casos, de maneira geral ainda não tem o hábito nem cultura de destinar recursos para entidades esportivas a título de doação ou patrocínio com dedução de impostos, temos que convencer, demonstrar e ainda assim é difícil fechar, e essa dificuldade não é um privilégio do Cuiabá Arsenal, o Sorriso Hornets também tem projeto aprovado e passa pela mesma situação” - declarou o presidente
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