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Entenda o que é Play Action: A arte da enganação

  • Rodrigo Palaver
  • 1 de fev. de 2018
  • 3 min de leitura

A segunda postagem desta coluna inicia uma série dentro do Palavreando: “Ober, pergunta logo!”. Esta série surgiu da necessidade de ensinar o esporte (Nota do Ober: "Pára Palaver... Assim ninguém me contrata mais... Não, pera.) ao arauto narrador do bordão “Viiiiiiiiiiiiiiiiiiiiibra Torcedor, Ééééééé Touchdown!”. Se bem que o que mais impregna na mente é aquela antiga vinheta feita caseira: “It’s Ooooooobertá-aimi” (leia cantando). E a primeira pergunta que o Ober fez foi “Palaver, o que é play-action”? Vou tentar passar o básico.


Primeiro, tenho que trazer à tona o que significa a palavra play-action. Em tradução literal, significa jogada-ação. Óbvio que não se trata disso. Na verdade, o termo completo correto, e que foi obliterado, é “running play-action”. Ou seja, seria uma encenação de jogada de corrida. Em suma, um play-action consiste em enganar a defesa induzindo uma jogada de corrida, quando na verdade é uma jogada de passe.


O precursor do play-action foi Hank Stram, Hall of Fame coach do Kansas City Chiefs e vencedor do único Super Bowl da franquia, em 1970. Desde então, o play-action foi remodelado e reinventado por técnicos inovadores e QBs cerebrais, como Stram e Len Dawson, Bill Walsh e Joe Montana, Sam Wyche e Boomer Esiason, Pete Carroll e Russell Wilson, etc.


E como funciona a mecânica de um play-action? Basicamente assim:


· O quarterback pega o snap diretamente com o center (geralmente) · Vai em direção ao running back, o qual fecha os cotovelos e posiciona os braços horizontalmente · O QB coloca a bola entre os braços do running back e a tira rapidamente, tentando escondê-la da visão da defesa · O running back continua a correr com os braços fechados como se estivesse em posse da bola · A OL começa a progressão de bloqueio pra corrida por alguns segundos e depois muda para a proteção de passe · Os recebedores vendem a jogada de corrida ao parecerem bloquear o defensor num primeiro momento, e depois iniciando uma rota para a recepção · O QB faz a leitura dos recebedores abertos e realiza o passe


Sabendo como funciona o play-action, quais seus benefícios e como isso pode ser incorporado em Playbooks? Bom, os benefícios maiores são contra defesas preparadas para parar o jogo corrido. Evidentemente que pode haver benefício em qualquer tipo de defesa, como por exemplo quando algum jogador realiza a leitura errada da jogada (aquele espertinho que acha que é corrida e sai em perseguição ao jogador em suposta posse da bola).


Vamos ao exemplo prático:


Nesta jogada do Green Bay Packers, o time alinha com um Tight End na direita, Jordy Nelson como slot receiver na direita também, um wide out, um full back e um running back. Pelo personnel (quantidade de jogadores de cada posição), percebe-se que essa formação indica uma possível corrida. A defesa mostra uma 4-3 com cover 2 (dois safeties ao fundo).

Foto: Reprodução

Foto: Reprodução

A jogada é desenhada para se vender como uma corrida: full back alinhado à esquerda e TE na direita. Para estressar os safeties, Rodgers utiliza a rota Sting (uma combinação de rota corner com post funda, sendo que a corner é apenas para criar a separação) e uma rota Dig (por aqui também chamada de In).


Foto: Reprodução

O QB faz a simulação de entrega da bola para o running back. Note que a OL procede nos bloqueios para a corrida. O safety da esquerda foi enganado por um instante e parte em direção ao running back no intuito de parar a corrida.


Foto: Reprodução

Quando o safety descobre que foi enganado, ele precisa virar o quadril em um movimento que lhe tomará segundos preciosos. Na direita, Nelson consegue a separação do cornerback e Rodgers analisa o movimento do safety mais ao fundo.


Foto: Reprodução

Agora, note a genialidade da jogada. Rodgers vê o segundo safety (aquele espertinho que foi enganado) fora de posição. O QB também observa que em breve Nelson ficará em extrema vantagem para com o safety, pois o mesmo está lhe dando a vantagem para dentro do campo, onde não há cobertura.


Foto: Reprodução

Este último frame mostra a absurda vantagem de Nelson em relação a seu marcador. Observe o safety que foi enganado com o play-action e a posição dele em campo. Agora imagine essa mesma jogada sem play-action: provavelmente o safety da esquerda estaria em sua posição e impediria que Nelson ficasse livre.


O play-action não se constitui somente de simular a corrida. Há todo um aparelhamento de sistema por trás disso, como bootlegs, rollouts, naked boot, pulls, etc. Enfim, é papo para mais além. Espero que tenha conseguido ao menos mostrar a arte da enganação de um play-action.


Até a próxima! Dúvidas? Tem alguma sugestão? Aproveite o box de comentários logo abaixo!

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