As derrotas da soberba: "Lá em casa a gente resolve" e "jogamos o melhor futebol do Brasil"
- Leonardo Oberherr
- 27 de jan. de 2021
- 2 min de leitura

Grêmio e Inter morreram mais uma vez em grandes competições por conta da sua soberba, arrogância e até mesmo incompetência. Odair já tinha sido milagroso ao levar o time do Inter para a Final de uma Copa do Brasil, mas ele não tinha peças para mudar o jogo e acabou errando nas escalações. Mas fato é que o Inter se apegou na mística do “em casa a gente resolve” e ninguém percebeu que o time era limitado. Uendel, Bruno, Tréllez, W. Silva...
Pelo lado tricolor, o lance da imortalidade levou o time até a semifinal da Libertadores. Dali, não conseguimos passar, e pelo mesmo motivo do Internacional. O fato de se apegar em uma mística, fez com que acreditássemos piamente que o Grêmio de Paulo Victor, Paulo Miranda improvisado, Tripé de volantes, Cortez, Galhardo e André balada, fosse calar um Maracanã abarrotado de gente, empurrando uma verdadeira seleção. Ninguém percebeu que o Grêmio não tinha time para estar ali. Claro que Jean Pyerre fez falta. Até mesmo Luan, e antes, Maicon, no primeiro jogo. São cadenciadores de jogo, mas nada além disso. O goleiro fraco, que já havia jogado mal e falhado em tantas oportunidades, foi péssimo ontem, de novo, e apoiado na vitória do Gauchão, se manteve na posição.
Não precisamos fazer terra arrasada, demitir treinador, mas precisamos investir. Precisamos de peças de reposição à altura, e um time titular no mínimo decente. Jogadores estão com seus ciclos no clube se encerrando. Precisamos reformular, remoldar e reconstruir. Este deve ser o lema tricolor para o final desta temporada. Experimentar mais o Pepê no ataque, por exemplo, e já buscar reforços que façam a Pré-temporada com o plantel (não como o caso do Tardelli, que chegou meses depois). Além do futebol, o departamento médico precisa de atenção. Ontem o Flamengo botou no jogo atletas que passaram por cirurgias recentemente, que se recuperaram em tempo quase recorde, enquanto no Grêmio os jogadores passam por repetidas lesões.
Temos que parar de viver de mística e viver de jogadores. Bons plantéis. O fato de não ter um, custaram taças nos armários da dupla. Quando precisamos de jogadores bons no banco, os treinadores não os tinham.
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