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Nem tudo é bomba

  • Foto do escritor: Leonardo Oberherr
    Leonardo Oberherr
  • 2 de jun. de 2021
  • 22 min de leitura

Conheça as diferenças entre suplementos, anabolizantes e hormônios e como eles estão presentes na vida de todas as pessoas

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Casal de atletas Bia Vitoria e Júlio Balestrin em ação comercial da marca Max Titanium. (Foto: Reprodução / @juliobalestrinoficial)

Não é raro abrir o Instagram e ver diversos corpos esculturais em nosso feed. Harmonização facial é o “procedimento do momento”, mas outras intervenções cirúrgicas como lipoaspiração, aplicação de silicone e botox já foram muitas vezes requisitadas.

É natural que se busque aperfeiçoamentos estéticos, até para aumentar a autoestima e muitas vezes recorrendo às medidas mais nocivas ao nosso corpo. O uso de óleos injetáveis no músculo para aumentá-lo de tamanho, embora prejudicial, sempre foi muito requisitado.

Infelizmente para muitos fisiculturistas, e até mesmo para pessoas que não são atletas, ter um corpo musculoso costuma ser atrelado, pela crendice popular, somente ao uso destes injetáveis. Muitos até hoje confundem o uso destes óleos com suplementação alimentar, por exemplo.

Aviso do repórter: A presente matéria pretende diferenciar cada uma dessas substâncias e mostrar, de vez, quais recursos são nocivos ou não para a saúde. Lembre-se sempre de procurar um médico para tratar sobre quaisquer distúrbios ou mudanças que envolvam seu corpo e sua saúde. Entenda também que a reportagem tem caráter informativo, e não diagnóstico. Ela mostra a diferença entre suplementos alimentares, hormônios anabolizantes e óleos injetáveis e não indica o uso de nenhum deles, sob nenhuma hipótese, sem acompanhamento médico. Aaah, já ia me esquecendo: Esqueça o preconceito com os anabolizantes. São medicamentos e com acompanhamento médico, assim como qualquer remédio, promovem saúde. O texto vai explicar o que são cada uma dessas substâncias, do que são feitas, como são usadas e seus efeitos no organismo, afinal, se simplesmente te disser que maltodextrina é um suplemento, Durateston é hormônio e ADE é um óleo, você não vai ter entendido muita coisa.

ANABOLIZAR X CATABOLIZAR

O termo “anabolizante” é usado de maneira muito equivocada. Na crença popular, anabolizante é sinal de veneno, droga, ou bomba. Quando na verdade, estariam se referindo ao esteróide anabolizante e, ainda assim, não são tão nocivos quanto se pensa. Anabolizante é aquilo que causa anabolismo, e até mesmo a comida tem efeito anabolizante. Esteróide anabolizante é apenas uma categoria. Todo esteróide anabolizante é anabolizante, mas nem todo anabolizante é um esteroide anabolizante.

De acordo com o material disponibilizado pela Faculdade de Ciências Agrárias e Tecnológicas (FCAT), UNESP, de Dracena, e o Blog da Growth Suplementos, o anabolismo é fase sintetizante do metabolismo. É o processo de construção de moléculas complexas através de moléculas simples. Alguns dos principais exemplos são a síntese proteica e a síntese glicogênica. Seu oposto é o catabolismo, a fase degradativa do metabolismo. Nela, os macronutrientes oriundos da alimentação ou até mesmo do próprio organismo, são “desintegrados” formando produtos finais mais simples e menores.

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Ilustração das fases metabólicas. (Foto: Reprodução/diferenca.com)

O macarrão, o arroz, a batata são alguns exemplos de anabolizantes, afinal, causam anabolismo. Anabolismo e catabolismo são os dois processos do metabolismo. De forma simples e resumida, o corpo promove primeiro um processo catabólico do alimento, separando as substâncias, transformando em glicemia, em energia, para que depois, durante o treino — por exemplo, essas substâncias sejam ligadas a outras, queimando energia e formando, por exemplo, tecido muscular. “Não necessariamente formará músculos. Pode formar outros tecidos, como por exemplo gordura, e isso não ocorre apenas treinando. Pessoas que comem muito além sem se exercitar podem estar em um processo anabólico”, comenta a nutricionista Daniela Orth.

Mas acredite, os processos são bem mais complexos do que essas poucas linhas que escrevi aqui. É só um resumo para entender o que é anabolismo e catabolismo. Já os esteróides anabolizantes, segundo o Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas, são drogas fabricadas para substituírem o hormônio masculino Testosterona, fabricado pelos testículos. Eles ajudam no crescimento dos músculos (efeito anabólico) e no desenvolvimento das características sexuais masculinas como: pelos, barba, voz grossa etc. (efeito androgênico).

Com a definição de anabolizante, vamos falar agora de uma substância que não tem efeito anabolizante, embora muitos confundam: Synthol e ADE.


O QUE É SYNTHOL E/OU ADE?

São produtos oleosos de aplicação localizada, com diversos efeitos colaterais. Antes de mais nada, veja a diferença corporal entre um usuário do produto oleoso (à esquerda) e de um fisiculturista que faz uso de hormônios anabolizantes (à direita).

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A diferença entre um corpo construído através de óleo (esquerda) e de hormônios (direita). (Fotos: Reprodução/Internet (esquerda) e Reprodução/Instagram @caikepro (direita) - Montagem: Leonardo Oberherr)

Olhando assim, percebemos uma diferença. O da esquerda é Romário dos Santos, que é conhecido como “Hulk Brasileiro”. Romário inclusive já foi personagem de uma matéria da TV Record, e faz uso de uma substância semelhante ao Synthol. Já Carlos de Oliveira, conhecido como Caíke PRO, a direita, faz uso de hormônios anabolizantes. Ele é o atual Top 7 do Mr. Olympia, o mais conceituado torneio de fisiculturismo do mundo. Essa comparação é necessária para estabelecer que há uma diferença visível entre os dois. Caíke além de ser um atleta da categoria Men’s Physique, possui acompanhamento médico especializado para o uso de uma substância que não é o óleo que estamos abordando aqui.

O Synthol é um óleo sintético produzido através da mistura de ácidos graxos, lidocaína (analgésico) e álcool benzílico. Ele é aplicado diretamente no músculo, e tem efeito praticamente instantâneo. Os óleos promovem o aumento do local, como sendo um preenchimento, enquanto a lidocaína, um analgésico de uso local, é para diminuir a dor da aplicação.

Mas no Brasil o Synthol não é tão fácil de achar. Por isso, muitos recorrem ao ADE. Embora sejam substâncias distintas com propósitos e formulações diferentes, sua aplicabilidade neste propósito é semelhante. O ADE é um medicamento de uso veterinário, de custo baixo e relativo acesso. Ele contém uma quantidade massiva de vitaminas A, D e E, por isso o nome. O efeito quando injetado é parecido com o do Synthol, por serem vitaminas lipossolúveis e o veículo de entrega é oleoso. Diferente do Synthol, ele não possui nenhum analgésico na sua composição e por se tratar de um produto veterinário, seu controle de higiene está a par destas regras sanitárias. Então, além de todos os riscos do Synthol, a dor surge de forma imediata e os riscos de infecções aumentam.

O artigo “Doping cosmético: a problemática das aplicações intramusculares de óleos”, publicado em 2011 por Vandré Casagrande Figueiredo, Paulo Rodrigo Pedroso da Silva, Rafael de Souza Trindade e Eduardo Henrique De Rose define o produto da seguinte maneira:

“Estes medicamentos, ao serem injetados em músculos de seres humanos em quantidades muito superiores às doses terapêuticas usadas em animais de grande porte como bovinos e equinos, causam um aumento volumétrico localizado. Porém este aumento não é relacionado à hipertrofia muscular ou a qualquer evento adaptativo fisiológico, tendo apenas um efeito cosmético duvidoso, pois o resultado da aparência do músculo pode não mais se assemelha à anatomia do músculo normal. O volume injetado ocupa um espaço no local de aplicação, dentro do ventre muscular ou no tecido subcutâneo adjacente.”

Seus efeitos são apenas visuais, não há ganho de força ao aplicar o produto. Este fator é importante para entender seu uso: é estético. No artigo citado acima, há a seguinte conclusão: “Sugerimos aqui que seja utilizado o termo doping cosmético por entendermos que as aplicações de ADE são semelhantes à maquiagem do volume do tecido muscular, diferentemente de outros recursos ergogênicos como os esteróides anabólicos que, por sua atuação sistêmica, poderiam ser considerados doping estéticos”. Ou seja, o uso dos injetáveis oleosos não deveriam ser confundidos com o uso de ergogênicos (substâncias ou artifícios adotados visando à melhora do desempenho).

Lembram-se da foto acima, comparando um fisiculturista e um usuário de óleos injetáveis? O músculo do atleta é grande, denso, fruto de muitos anos de treino, dietas e hormonização. Percebe-se a vascularização, a baixíssima retenção de gordura e uma relação muscular uniforme, enquanto no outro, o aspecto muscular é de algo artificial.

Outro fato importante é que o tamanho do músculo não necessariamente está relacionado a sua capacidade de fazer força. Segundo o estudo “Musculação: Aspectos fisiológicos, neurais, metodológicos e nutricionais” de Alan de Carvalho Dias Ferreira, Rodrigo Ramalho Acineto e Fabiana Ranielle de Siqueira Nogueira: “O treino de musculação, quando adequadamente prescrito, pode promover o desenvolvimento de vários destes estímulos. Didaticamente, eles foram divididos em Mecanismos Físicos Intrínsecos (Síntese de DNA, Microlesões, Mecanotransdução, Células Satélites e Alterações na Osmolaridade) e em Fatores Hormonais e Enzimáticos (Hormônio do Crescimento — Gh, IGF-I, Testosterona, Insulina e Miostatina)”.

Quando o músculo é constituído sem o uso de óleos, é porque houve um processo de maturação que envolve treinos de musculação. Estes treinos são constituídos por repetições de movimentos com carga que criam micro rupturas das fibras musculares que serão reconstituídas através das proteínas e outros micronutrientes. Com o tempo, a carga levantada é maior e a relação músculo-força aumenta. A partir deste ponto, fisiculturistas treinam para definir seu corpo conforme sua categoria de competição, enquanto os atletas conhecidos como ‘strongman’ focam em levantamento de carga, pura e simplesmente. Por isso que normalmente, um fisiculturista pode parecer mais forte que um ‘strongman’, por ter um físico mais avantajado e definido, mas, não necessariamente, consegue fazer tanta força quanto.

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Eddie Hall, um dos principais "Strongmans" da história, em 2017, realizando um exercício de levantamento de peso chamado "deadlift" com aproximadamente 500kg. (Foto: Reprodução/Arabian Business)

Para resumir: um usuário de óleos busca apenas a estética de um músculo grande, enquanto um fisiculturista busca um músculo grande e definido para exibir nas competições, e um ‘strongman’ quer um músculo grande para levantar mais carga.


Como agem estas substâncias no organismo:

Quando injetado, o produto fica encapsulado dentro do músculo. Basicamente, acontece o seguinte: A partir da aplicação, o organismo identifica um agente invasor no músculo e tenta expulsá-lo do corpo. Como o óleo foi projetado justamente para não ser expelido, ele fica numa espécie de ‘quarentena’ onde foi aplicado. Nada do organismo consegue entrar para desintegrar aquela substância, mas o próprio corpo também não permite que aquele invasor se dissipe. Em outras palavras, o organismo protege o corpo do agente invasor e também impede que ele seja eliminado.

Dependendo da quantidade, da regularidade das aplicações e da genética do usuário, o produto pode ficar no músculo por muito tempo, até anos. O resultado prático é que o músculo fica maior de forma quase instantânea e pode ficar desta maneira por um longo período. Considerando que quanto mais aplicado, maior o músculo fica, muitas pessoas acabam perdendo a cabeça e fazendo o uso exagerado da substância. Muitos usuários recreativos veem no produto uma forma de ficar maior sem o esforço de uma dieta correta e treinos pesados. Ainda segundo o artigo “Doping cosmético: a problemática das aplicações intramusculares de óleos”, alguns fisiculturistas também usam ou usaram desta ferramenta.

Em fóruns na internet, há discussões sobre atletas de fisiculturismo que teriam feito uso do produto para uma das duas finalidades: Corrigir imperfeições e assimetrias musculares que não poderiam ser corrigidas de outra maneira e há, também, aqueles que possam ter utilizado com o desejo de aumentar a fáscia do músculo e então permitir que a massa muscular preencha as lacunas, embora esta última não possui embasamento científico algum.

“Há uma diferença entre o ADE e o Synthol. O ADE, uma vez aplicado, não tem mais como tirar a não ser por cirurgia. Vai ser necessário cortar e ainda perder tecido muscular. O Synthol é usado por muitos atletas para remover assimetrias musculares (um trapézio maior do que o outro, por exemplo). Ser simétrico, nas competições de bodybuilding, contam pontos na avaliação. Com o tempo, o Synthol é dissolvido no organismo, ele é expulso. O ADE não” — relatou um atleta que preferiu não ser identificado.
Nota do repórter: Dois atletas falaram sobre o uso destas aplicações e pediram que seus identidade não fosse mencionada. Inclusive, é bom que se diga: Há muito preconceito com atletas que recorrem ao uso desta substância e por isso é raro ter informações vindas de fontes oficiais ou até especializadas.
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O ex-soldado russo Kirill Tereshin, de 24 anos, autodenominado 'Popeye' passou por cirurgias e retirou mais de 3kg de óleo dos braços. (Foto: Reprodução/Instagram @ruki_bazuki_official)

Efeitos colaterais:

Músculo maior, sem força: Como mencionado, o músculo poderá até ser maior, mas isso não te permitirá aumentar a carga nos seus exercícios.

Deformidades: Qualquer erro na aplicação, seja na dosagem ou no local, a deformação ficará evidente. Se aplicado num local errado no bíceps, por exemplo, ele perderá o aspecto natural e ficará assimétrico. Vale lembrar que a aplicação precisa ser nos dois lados do corpo, logo, duas aplicações erradas geram dois bíceps deformados de forma diferente e que poderão ficar ali por anos ou que serão removidos através de cirurgia.

Não aumenta o gasto calórico basal: O gasto calórico basal é a quantidade de calorias que seu corpo utiliza mesmo estando em repouso. Cada movimento, ação ou projeção de força gasta algumas calorias. Mas, a própria respiração necessita de gasto calórico. E aí entra a muscularidade: Quanto mais massa muscular no corpo, maior será a oxigenação muscular, sem falar que mais força seu corpo fará para movimentar-se, gastando, assim, mais calorias. Por isso, muitos fisiculturistas comem muito. Parados, sem exercitarem-se, já gastam muito mais calorias que muitas pessoas e precisam repor isso através da alimentação (ou suplementação). Caso contrário, há o catabolismo (quando você não tem mais energia no corpo, o organismo começa a ‘queimar músculo’ para fornecer energia). Catabolizar é o oposto de anabolizar (por isso outros produtos — não o Synthol — são considerados anabolizantes. A palavra vem deste termo).

Dores: O óleo é viscoso e,por isso, precisa de uma agulha grande para que o produto passe. Por si, esta ação já dói, porém, pelo aspecto do produto, dentro do músculo há dor também e por isso a lidocaína está na composição, no caso do Synthol. Porém, o analgésico tem efeito paliativo e as dores logo surgem. Segundo relato de um usuário que preferiu não se identificar, o fato de treinar um músculo preenchido pelo óleo, através dos movimentos dos exercícios, pode doer ainda mais por conta da pressão exercida na região.

De acordo com o abordado no texto “Doping cosmético: a problemática das aplicações intramusculares de óleos”, outros problemas que podem surgir são:

  • Cicatrizes que impedem a circulação sanguínea, causando a morte do tecido, necessitando até de amputação em casos extremos;

  • Nervos danificados na aplicação, que podem causar dor extrema e a paralisia dos músculos na região;

  • Caso entre na corrente sanguínea, pode causar embolia pulmonar, uma vez que o óleo chegue no pulmão e acidente vascular cerebral, se o óleo chegar no cérebro

  • Abscessos que precisam de antibióticos e drenagem;

  • Infecções causadas pela agulha ou outras bactérias;

  • Reações alérgicas

Atletas comentam o uso de óleos:

Os fisiculturistas Renato Cariani, Júlio Balestrin e o médico Paulo Muzy — também fisiculturista — comentaram sobre o uso destes produtos após a circulação do vídeo de “Arlindo Anomalia”. Arlindo de Souza, de 50 anos, também conhecido como Popeye Brasileiro, recorreu à internet para pedir ajuda para a retirada do óleo. Conforme explica Muzy, no vídeo, mesmo com a cirurgia e a retirada dessa deformidade, haverá sequelas irreversíveis.

Synthol e ADE são completamente diferentes de hormonização e anabolização. Definidos o que são os óleos usados, e o conceito de anabolismo, vamos então explicar o que é esteróide anabolizante


HORMONIZAÇÃO:

Na crença popular, todo mundo que tem físico avantajado “tomou bomba”. Mais do que isso, acreditam que estas substâncias que melhoram o desempenho seriam como o “soro do Capitão América”: Basta injetar um determinado produto que o resultado é imediato. Por isso, para entender melhor este universo, é necessário estabelecer as diferenças entre esteróides, suplementações, e os óleos. Já falamos sobre os óleos, e agora, vamos definir o que são, quais são e a finalidade dos esteróides anabolizantes (hormônios). Para isso, conversamos com o médico endocrinologista Mateus Augusto dos Reis, pois somente um endocrinologista é capacitado para diagnosticar e tratar distúrbios que envolvem as glândulas produtoras de hormônio no nosso organismo, e trabalham para estabelecer o uso correto destes produtos.

Engana-se quem pensa que a função de um endocrinologista é apenas receitar hormônios para quem deseja ter resultados esportivos e estéticos. Muito pelo contrário. Ainda segundo o médico Mateus dos Reis, o atendimento independe de idade, ou gênero. “Nas crianças avaliamos distúrbios do crescimento e do desenvolvimento puberal. Nos adultos e idosos, tratamos a menopausa, andropausa e osteoporose”, explica o profissional.

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Mateus dos Reis explica o trabalho de um endocrinologista. (Foto: Arquivo pessoal/Mateus dos Reis)

A maioria dos pacientes procuram o médico endocrinologista para tratamento do diabetes, doenças da tireóide, obesidade, síndrome dos ovários policísticos e aumento dos níveis de colesterol. A endocrinologia também é responsável pelo processo de transição hormonal nos pacientes transgênero. Além disso, ele atua na prevenção do desenvolvimento das doenças metabólicas. “Hoje em dia já tem muitos pacientes que procuram atendimento por apresentarem algum risco familiar de determinada doença e, desde cedo, já querem controlar o estilo de vida e alimentar para reduzir o risco de desenvolver determinada doença. Também tratamos distúrbios hormonais que envolvem as glândulas hipófise e adrenal”, complementa Mateus.


Sobre esteróides anabolizantes:

Conforme o médico endocrinologista Mateus Augusto dos Reis, os esteróides anabolizantes são substâncias que aumentam a massa muscular e podem diminuir a massa gorda. Os principais anabolizantes são derivados da testosterona, hormônio produzido naturalmente pelo homem (em grandes quantidades) e pela mulher (em pequenas quantidades). A testosterona é responsável por muitas das características que diferem homem e mulher.

Após a descoberta e a primeira aplicação clínica da testosterona na década de 1930, a comercialização da testosterona e dos andrógenos sintéticos proliferou nas décadas após a Segunda Guerra Mundial. Permanece entre os medicamentos mais antigos comercializados em uso terapêutico, mas, após 8 décadas de uso clínico, a única indicação inequívoca para a testosterona permanece na terapia de reposição para o hipogonadismo patológico (ou seja, níveis reduzidos de testosterona no sangue documentados no exame laboratorial e com presença de sintomas).

O abuso de andrógenos se originou durante a Guerra Fria como uma epidemia de doping entre atletas de elite para melhorar o desempenho.

Desde o aparecimento no mercado farmacêutico de compostos sintéticos com base na testosterona ou que induzem aumento da testosterona (os anabolizantes), muitos homens e até mulheres passaram a fazer uso desses produtos com finalidades diversas como halterofilismo, aumento do rendimento esportivo e fins estéticos. Tais produtos podem ser administrados de forma injetável intramuscular e através de gel transdérmico.

Há basicamente três perfis de pessoas que fazem uso destes recursos: Pessoas com deficiência hormonal, que usam sob prescrição médica, pessoas que querem a melhora em resultados esportivos e fazem uso com prescrição médica e pessoas que desejam a melhora em resultados esportivos sem acompanhamento médico algum. Normalmente, o terceiro é o que mais se prejudica.

Para entender a diferença, farei a seguinte metáfora: O uso de anabolizantes esteróides é como uma pessoa num rodízio de pizzas. Cada pessoa aguenta comer — sem passar mal — uma determinada quantia de pizzas. Essa variação independe de tamanho, peso e fome. É conforme seu organismo. Se você vai no rodízio sem conhecer nada sobre seus limites, vai comer, comer, e quando se deparar, estará passando mal, com dor de barriga e letárgico. Se você souber quais são seus limites, saberá que com duas fatias, ficará com fome, em déficit, e terá que comer outra coisa além do rodízio. Estará satisfeito com cinco fatias e, se comer oito, estará levemente sobrecarregado, mas não vai passar mal. Será possível recuperar-se. Se você comer 25, bem, aí você terá problemas. A consciência de quanto comer ou neste caso, usar de hormônio, quem vai te dar é o médico especialista. O endocrinologista.

Vamos começar pelos que utilizam sem acompanhamento médico: São pessoas que procuram métodos mais fáceis e rápidos para atingir seus objetivos esportivos. Costumam ser usuários recreativos, que utilizam para ter performances melhores. Por não terem acompanhamento médico, não costumam utilizar doses na medida correta, e por isso, acabam sobrecarregando rins, fígado e outros órgãos, e quando percebem, já pode ser tarde demais. Seriam as pessoas que comeriam 25 pedaços de pizza (na analogia feita acima).

Há aqueles que procuram estes recursos para aprimoramento esportivo com o acompanhamento médico, fazendo exames e consultas periódicas. É muito atrelado ao fisiculturismo, mas, não é só na musculação que surgem estes esportistas. Lance Armstrong, por exemplo, foi banido do ciclismo após ter admitido o uso de testosterona e Eritropoietina (EPO). Seriam as pessoas que comeriam oito pedaços de pizza (na analogia feita acima).

Já os pacientes deficitários na produção de hormônios de forma natural, procuram os médicos para fazer uso das substâncias de maneira correta, para atingir os níveis de normalidade. Na analogia do rodízio, são as pessoas que comem dois pedaços, e precisam de algo extra para ficar ‘satisfeito’. Já as pessoas que comem os cinco pedaços e não possuem outros problemas, são as pessoas que produzem o hormônio na quantidade correta.


Treinador explica e compara o uso de óleos e hormônios:

Helmo Dillemburg é um dos treinadores mais vitoriosos do esporte brasileiro. São 397 títulos em mais de uma década como bodybuilder e coach.

O educador físico concedeu uma entrevista exclusiva para nós e explicou como que os atletas fazem uso dos hormônios.

Além de falar sobre a preparação, Dillemburg revelou a diferença entre estes esteróides anabolizantes e os óleos injetáveis.

Confira no áudio ao lado.



Quais são e para quê servem?

A testosterona e seus derivados podem ser utilizados com supervisão médica em determinadas situações, como nos casos de homens com deficiência da produção da testosterona, chamado de hipogonadismo. Os principais sinais e sintomas são cansaço, indisposição, desânimo, redução da frequência e da intensidade das ereções, redução de libido, alteração do sono e aumento de gordura abdominal. Outra alteração importante que ocorre nos homens com testosterona baixa é a fragilidade óssea, podendo causar até osteoporose e fraturas ósseas.

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Cabe lembrar que a obesidade é uma causa muito importante de redução de níveis de testosterona e os pacientes com obesidade devem ser estimulados a obter um estilo de vida saudável visando a perda de peso e melhora dos níveis de testosterona.

A testosterona é responsável, por exemplo, pela maior quantidade de pelos e barba, maior espessura das cordas vocais (deixando a voz grossa), maior força e maior massa muscular, e ossos mais fortes nos homens. Os anabolizantes derivados da testosterona têm efeitos semelhantes a esse hormônio. É para buscar o aumento de massa muscular, que muitos homens e mulheres tomam ou injetam anabolizantes.

“Em geral, as pessoas que utilizam drogas para aumentar o rendimento no esporte ou para fins estéticos fazem o uso de diferentes tipos de anabolizantes e doses muito altas. Nestes casos, usados sem indicação médica, eles podem acarretar inúmeros efeitos colaterais, como acne e calvície precoce, elevação da pressão arterial, alterações cardíacas, lesão do fígado. Nos homens, pode ocorrer atrofia dos testículos (às vezes, irreversível), diminuição da produção de espermatozoides e aumento das mamas (ginecomastia). Após o término do uso dos anabolizantes, os homens podem apresentar disfunção sexual (queda de libido e impotência)” — comenta o médico endocrinologista, Mateus dos Reis”

Nas mulheres, os anabolizantes podem ser ainda mais deletérios. Pode ocorrer aumento do tamanho do clitóris, irregularidade menstrual, infertilidade, redução do volume das mamas, engrossamento da voz e surgimento de pelos em quantidade excessiva e em áreas onde apenas homens têm pelos, como na face e tórax.

Alguns dos principais medicamentos esteróides anabolizantes utilizados no Brasil são: Durasteton, Deca-Durabolin e Androxon. Podem ser utilizados em forma de injeção intramuscular, comprimidos ou cápsulas. Existem outras substâncias que atuam de maneiras diferentes, como, por exemplo, o GH.

A utilização esportiva destas substâncias são feitas para que potencialize o ganho de massa muscular, diminuição da fadiga, e seja feito de maneira mais rápida. Mas, veja bem: potencializar. Este é o verbo correto. Sozinho, ele não faz nada. Para que os efeitos sejam satisfatórios, o indivíduo precisa continuar treinando e seguindo a dieta, até de maneira mais rígida do que antes.

Para entender então a ação destas substâncias no corpo, vamos para outra analogia: Sabe quando você tem algum corte e ele cicatriza-se através da reconstrução? Essa cicatriz fica com algum relevo, certo? Então, basicamente é isso que acontece com o músculo durante um exercício de musculação. Você faz micro rupturas que serão regeneradas com fibra muscular constituída de substâncias oriundas do seu organismo. Os hormônios aceleram o processo de ‘cicatrização’. Logo, quanto mais você rompe e reconstrói, maior vai ficando seu músculo.


Os esteróides anabolizantes mais usados

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A maioria dos esteróides são injetáveis, mas tem funções completamente diferentes dos óleos injetáveis, e por isso muitos confundem os dois. (Foto: Sam Moqadam/Unsplash)

Somatropina (ou GH / HGH, do inglês Human Growth Hormone): É o hormônio do crescimento. É um hormônio produzido pelo nosso corpo e é essencial para uma série de processos metabólicos e o crescimento de diversos tecidos — entre eles, o muscular. Na fase adulta a produção natural pelo corpo humano diminui, mas, ela ainda pode ser estimulada através do exercício físico, sono profundo e a diminuição do consumo de carboidratos simples, uma vez que eles aumentam os níveis de insulina no sangue, o que impede a ação do GH. Efeitos colaterais: retenção de líquido, inchaço e vermelhidão no local da aplicação, hipertensão intracraniana, causando dores de cabeça, vômitos, alterações visuais, dor articular e muscular e formigamento nas extremidades.

Durateston: Possui substâncias ativas que se transformam em testosterona no organismo, utilizado em tratamentos de pessoas com deficiência deste hormônio.

Deca-Durabolin: Possui na composição decanoato de nandrolona, que é utilizado para a reconstrução de tecidos fracos, para aumentar a massa óssea e/ou muscular, em caso de doenças como osteoporose. Estimula a formação de glóbulos vermelhos na medula óssea, sendo utilizado no tratamento de alguns tipos de anemia. Tem baixo nível androgênico e alto nível anabólico, sendo tóxico para o fígado, afetando funções hormonais;

Androxon: Possui na composição undecilato de testosterona, indicado para o tratamento de hipogonadismo nos homens, que é quando os testículos não produzem ou produzem em quantidade insuficiente os hormônios sexuais.

Dianabol (Metandienona): Pode ser injetável, mas é um dos poucos com utilização via oral. Chegou a ter a fabricação interrompida e proibido em alguns países por conta da sua alta toxicidade para o fígado, mas voltou com nomes como Andoredan ou simplesmente Anabol. Ela aumenta consideravelmente o processo de síntese proteica.

Oxadrolona (Anavar): É um dos mais conhecidos e utilizados esteróides. Já foi usado para diversos distúrbios de infertilidade, anemias e outros tipos de doença, como a Síndrome de Turner. Serve para ampliar a resistência e melhorar a performance muscular. Pode ser usado via oral, em tabletes mastigáveis. Pode causar perda de cabelo, de libido, além de causar hipertrofia cardíaca, inibição do colesterol bom (HDL), além de outros problemas no fígado.

Embora estes sejam os mais utilizados, há outros que possuem princípios ativos, ações e efeitos colaterais semelhantes aos citados, caso do Hemogenin, Trembolona, Primobolan, entre outros.


Efeitos colaterais em geral:

Como qualquer medicamento, os hormônios também possuem diversos efeitos colaterais. Por isso, o acompanhamento médico se faz tão necessário. Exames e consultas regulares evitam surpresas quando o assunto é a nossa saúde. Segundo a Biblioteca Virtual em Saúde, do Ministério da Saúde, alguns dos efeitos colaterais dos esteróides anabolizantes incluem:

  • tremores;

  • acne severa;

  • retenção de líquidos;

  • dores nas juntas;

  • aumento da pressão sanguínea;

  • tumores no fígado e pâncreas;

  • alterações nos níveis de coagulação sanguínea e de colesterol;

  • aumento da agressividade, que pode resultar em comportamentos violentos, às vezes, de consequências trágicas.

Há também os efeitos crônicos causados pelo consumo indevido desses produtos:

Em homens:

  • redução na quantidade de esperma;

  • calvície;

  • crescimento irreversível das mamas (ginecomastia);

  • impotência sexual.

Em mulheres:

  • engrossamento da voz;

  • crescimento de pelos no rosto e no corpo;

  • redução dos seios;

  • irregularidade ou interrupção das menstruações.

Se o consumo começa cedo, na pré-adolescência, o crescimento pode ser interrompido, deixando o usuário com baixa estatura. O uso das injeções de anabolizantes esteróides pode levar ao risco de infecção pelo HIV e pelos vírus da hepatite, se as agulhas forem compartilhadas.

Em função do uso abusivo e desses riscos, a prescrição e venda de anabolizantes é controlada em diversos países, como no Brasil, nos Estados Unidos da América, Canadá e Reino Unido, na tentativa de restringir o uso indiscriminado dessas substâncias potencialmente danosas.

No Brasil, é necessária a prescrição médica em receituário controlado para a compra de derivados da testosterona. Entretanto, existe um comércio ilegal de venda destes medicamentos sem receituário médico e, em alguns casos, produtos que não são registrados no Brasil. O comércio de drogas anabolizantes pela internet está aumentando cada vez mais. Infelizmente, muitos esportistas fazem uso sem supervisão médica desse grupo de substância, pondo em risco a saúde e a vida, na tentativa de promover aumento da massa muscular e a melhora da imagem corporal.


Terapia-Pós-Ciclo (TPC):

É realizado após o uso de hormônios anabolizantes. Segundo o médico endocrinologista Mateus dos Reis, os pacientes que usam anabolizantes alternam períodos de aumento dos níveis de testosterona com baixos níveis de testosterona quando da suspensão da medicação injetável, uma vez que quando se usa testosterona exógena, a produção de testosterona do indivíduo fica bloqueada e até que o corpo entenda que deve começar a produzir testosterona novamente quadro da pausa das injeções pode levar tempo, trazendo inúmeros efeitos colaterais. “Dentro deste contexto entra a TPC (terapia pós-ciclo) a qual tem combinação de drogas que promete minimizar os efeitos colaterais dos anabolizantes e recuperar o funcionamento do eixo produtor de testosterona”, contextualiza.

Usar testosterona, por exemplo, diminui a produção natural do hormônio pelo organismo. Quando há o hormônio sexual em doses altas, o corpo identifica que não precisa produzir mais, então o FSH (hormônio folículo-estimulante) e o LH (hormônio luteinizante) vão sinalizar que não precisa mais produzir. Porém, quando a quantidade exógena de hormônio para de ser aplicada, o corpo não terá o hormônio nem sendo produzido de forma natural, nem com as aplicações exteriores. E o processo para a volta natural da confecção deste hormônio costuma demorar. Por isso, o TPC é tão importante. É nele, e com prescrição médica, que a produção orgânica dos hormônios começam a ser mais ágeis.

SUPLEMENTOS ALIMENTARES:

Nosso corpo é como se fosse uma máquina. Suponhamos que seja como um carro: Um automóvel precisa de uma boa gasolina, óleos e lubrificantes de qualidade, bons pneus, tudo para exercer com o máximo de qualidade a sua função. Nosso corpo não é muito diferente. Ele faz uso de três macronutrientes e diversos micronutrientes para funcionar regularmente. Os macro são: proteínas, glicídios (carboidratos e açúcares) e lipídios (gorduras). Já os micro são, por exemplo, as vitaminas que nosso corpo precisa. Então, por melhor e mais gostoso que seja fazer nossas refeições, sua função primária não é dar prazer, e sim, fornecer tais substâncias para nossa sobrevivência.

“Por isso, a procura por um nutricionista é tão importante, não apenas para quem deseja mudar o físico, e sim, para todas as pessoas. Os profissionais identificam estas possíveis deficiências nutricionais, e buscam um melhor funcionamento do corpo” — aborda a nutricionista Daniela Orth.

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Um 'scoop' de whey costuma ter 20g do produto, constituindo em meia dose. (Foto: Kelly Sikkema/Unsplash)

Quando não conseguimos atingir estas metas diárias de substâncias através da alimentação, os suplementos alimentares costumam ser prescritos pelos nutricionistas e nutrólogos.

Os bodybuilders, por exemplo, possuem uma dieta altamente calórica e necessitam de altíssimas quantidades de macronutrientes calculados para evitar que o atleta engorde, e sim, aumente a massa muscular, explica Daniela.

Um atleta que costuma mostrar sua vida nas redes sociais é Fábio Rezende, conhecido como Fábio Giga. Campeão Overall em março de 2020 do campeonato amador mais disputado do mundo, o Arnold Classic Ohio, Giga fala em seus vídeos no YouTube que chega a ter — em determinado período de preparação — uma dieta de 8 mil calorias. “Parece fácil, se considerarmos que a alimentação de quem não é atleta passa por diversas guloseimas, porém, para eles, é preciso chegar nessa quantidade em alimentos através de uma dieta limpa, com comida de verdade, ou seja, nada de fast food”, aborda a nutricionista.

Atingir estas metas somente com alimentos sólidos é quase impossível. Para isso, a suplementação aparece como grande aliada. Mas como dito: não saia por aí trocando sua alaminuta por potes de Whey, não precisa. Procure uma nutricionista, explique suas metas e desejos, que ela vai indicar os melhores alimentos — e talvez suplementos — para seu corpo funcionar perfeitamente.

Os suplementos alimentares mais famosos são:

Whey Protein: É um suplemento de proteínas concentradas, talvez, seja o mais conhecido do grande público, formado através da proteína do soro do leite. Recomendada para que a quantidade de proteínas a serem ingeridas no dia seja alcançada. A vantagem do Whey se dá pelo fato de que ele entrega um alto número de gramas de proteína de rápida absorção para o organismo, sem dar a sensação de “estar cheio”. Para efeitos de comparação, segundo a Tabela Brasileira de Composição de Alimentos (TACO), o peito de frango sem pele, cozido, fornece 31,5g de proteína a cada 100 gramas de frango, enquanto a TOP Whey 3W da Max Titanium, sabor chocolate, fornece 31g de proteína a cada 40g do produto.

Creatina: É uma substância produzida no fígado e nos rins a partir de três aminoácidos. A creatina é comercializada em cápsulas, em tabletes, em líquido ou em pó, e no corpo, é armazenada nas células musculares, servindo como fonte de energia. Em outras palavras, ela dá mais energia e aumenta a retenção hídrica intramuscular, pois a substância liga-se às moléculas de água do corpo, atraindo-as para ‘dentro do músculo’. Isso faz com que o músculo fique maior e mais denso. Uma comparação para entender o processo de retenção hídrica intramuscular, é imaginar que o músculo seja uma esponja, que absorve a creatina e essa creatina ‘puxa’ água pra dentro dela, deixando a esponja levemente maior. O uso da creatina pode ser prescrita por nutricionistas, nutrólogos, mas também por médicos em geral.

Maltodextrina: Se existe um suplemento proteico, há um para carboidratos, certo? Certo. A maltodextrina é um suplemento à base de maltose e dextrina, e devido a sua estrutura molecular, é classificado como oligossacarídeo, oriundo da conversão enzimática do amido de milho. Os carboidratos são responsáveis por dar mais energia num exercício físico, diminuindo a fadiga. Para comparação com outra fonte de carboidratos, a Maltodextrina Growth 1kg sabor limão, fornece, a cada 50g do produto (uma dose), um apanhado de 47g de carboidratos. Enquanto 100g de arroz tipo 1, cozido, fornece 28,1g de carboidratos, segundo a TACO. Para o seu consumo, consulte um nutrólogo ou uma nutricionista, para identificar a necessidade do produto na sua dieta.

Arginina: É um aminoácido, responsável pela produção de óxido-nítrico (gás capaz de promover vasodilatação, aumentando a nutrição e oxigenação muscular) no nosso organismo.

Albumina: É uma proteína presente na clara do ovo e principal proteína do sangue. Contribui para o crescimento e manutenção do tecido do corpo e impede a perda de massa muscular.

BCAA: São aminoácidos de cadeia ramificada, e ajudam no combate à fadiga mais evidência na modulação intestinal, para fins de aumento de massa muscular é dinheiro posto fora

Há ainda outras substâncias que podem ser suplementadas, como triptofano, dextrose, multivitamínicos em geral, mas, sempre consulte seu médico para identificar a necessidade de seu uso.

PARA RESUMIR:

Diante de tantas informações, conceitos e explicações, é fácil se perder. Mas para resumir, de forma simplista, a diferença entre cada um destes recursos, seguem os seguintes tópicos:

  • suplementos fornecem nutrientes que os alimentos também possuem;

  • esteróides anabolizantes fornecem maior quantidade de hormônios ao corpo;

  • os óleos são produtos que expandem o músculo instantaneamente e não se envolvem diretamente no sistema orgânico;

  • esteróides anabolizantes são uma categoria de anabolizantes;

  • anabolizar é um processo metabólico;

  • esteróides anabolizantes são substâncias derivadas da testosterona na maioria das vezes;

  • esteróides anabolizantes são hormônios;

  • no corpo, esses hormônios potencializam resultados. Sozinhos não emagrecem e nem dão massa muscular. Dependem de exercícios e dieta adequada;

  • para usar hormônios, é necessário acompanhamento de um endocrinologista;

  • esteróides anabolizantes (hormônios) são completamente diferentes dos óleos injetáveis;

  • os óleos injetáveis são aplicados diretamente no músculo, “estufando” ele;

  • os óleos mais famosos são o Synthol (uso humano) e ADE (uso veterinário);

  • os produtos injetáveis de óleo tem apenas função estética;

  • alguns fisiculturistas usam o Synthol em baixíssima quantidade para corrigir assimetrias pouco antes de competições;

  • usuários destes óleos não são considerados fisiculturistas ou bodybuilders simplesmente por usar este produto;

  • suplementos alimentares são prescritos por nutrólogos e nutricionistas;

  • suplementos são feitos para as pessoas que têm dificuldade em atingir os níveis de algum nutriente através da comida;

  • você deve buscar um especialista não somente para ganhar massa ou emagrecer, a dieta serve para que seu corpo tenha energia e condições de entregar o melhor durante o dia.

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